segunda-feira, junho 04, 2007

I Ciclo de fado da Casa das Artes de Arcos de Valdevez







Ainda não tinha tido oportunidade de escrever sobre a nossa última viagem ao Norte de Portugal, no dia 26 de Maio, que se seguiu às viagens entre Budapest e Viena! Apesar de não ter tido oportunidade de anunciar o concerto no blogue, aqui vos deixo algumas fotografias captadas pela Célia Leiria, naquela noite.
Arcos de Valdevez, terra inspiradora com uma Casa das Artes igualmente belíssima! Até breve!


Junto também a notícia que saiu sobre os concertos deste I ciclo «Novos Fados».



O Auditório da Casa das Artes de Arcos de Valdevez recebeu no passado fim-de-semana o seu primeiro Ciclo de Novos Fados, uma realização que pretende ser um evento de divulgação de novas perspectivas de abordagem sobre a “canção nacional”, reunindo diversas gerações de intérpretes, músicos e compositores. Esta primeira edição contou com a participação de duas novas vozes do Fado, que representam, em simultâneo, promessas e certezas de qualidade e vigor interpretativo: Marco Rodrigues e Joana Amendoeira.


O “arcuense” Marco Rodrigues assentou a sua performance em temas diversos incluídos no seu último trabalho de originais “Fados da Tristeza Alegre”, um notável registo de elevada qualidade que coloca o artista no lugar cimeiro das novas vozes do Fado nacional. Acompanhado por um grupo de excelentes intérpretes instrumentais, com destaque para o irmão de Dulce Pontes, Luis Pontes, e o produtor do CD e contrabaixista de Mariza, Ricardo Cruz, Marco Rodrigues brindou a audiência com um espectáculo de grande profissionalismo, abordando o registo “clássico” e ensaiando modelos de fusão com sonoridades alternativas e contemporâneas. Houve ainda espaço para ouvir um dos temas de sua composição, “Alegria de Abril”, e um momento particularmente especial que coincidiu com a sua interpretação da “Marcha de Arcos de Valdevez”.No dia seguinte, sábado, subiu ao palco uma das vozes mais apelativas desta nova geração feminina de “reinterpretação” do Fado: Joana Amendoeira. Portadora de uma presença e simpatia únicas, encantou com o seu registo próprio, de uma candura e sensualidade expressiva únicas, que assentou grandemente no seu mais recente trabalho, “À Flor da Pele”. O espectáculo foi um notável documento sonoro povoado de verdadeiras pérolas musicais, passando por diversos temas, incluindo os de um dos mais importantes “escritores” do Fado actual, Hélder Moutinho, mas não descorando temas intemporais como “Apelo”, de Pedro Homem de Mello. Joana Amendoeira revelou uma sensibilidade interpretativa singular, assente numa postura muito pessoal, afastada dos lugares comuns de registo, perspectivando uma carreira cada vez mais segura e sólida, que, apesar da sua juventude, conta já com uma invejável internacionalização e com três registos fonográficos. »

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