sexta-feira, junho 10, 2011

Música: Vulcão chileno obriga Joana Amendoeira a cancelar espetáculo em Lagos

Lisboa, 09 jun (Lusa) -- A fadista Joana Amendoeira cancelou o espetáculo previsto para sexta-feira em Lagos, por se encontrar retida em Buenos Aires, devido à nuvem de cinzas expelida pelo vulcão chileno Puyehue, que impede a descolagem de aviões.


Lisboa, 09 jun (Lusa) -- A fadista Joana Amendoeira cancelou o espetáculo previsto para sexta-feira em Lagos, por se encontrar retida em Buenos Aires, devido à nuvem de cinzas expelida pelo vulcão chileno Puyehue, que impede a descolagem de aviões.

Joana Amendoeira participa, a convite do Instituto Camões, nas celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades no Uruguai e na Argentina, tendo cantado na passada segunda-feira na sala Zitarrosa, em Montevideu, e na terça-feira em Buenos Aires, no Teatro Coliseo.

"Tudo está suspenso porque a nuvem de cinzas está sobre Buenos Aires", declarou um porta-voz da Aeropuertos Argentinos 2000, empresa que gere os aeroportos.

Os voos já tinham sido todos anulados na terça-feira nos dois aeroportos de Buenos Aires pela mesma razão.

Desde a retoma de atividade do vulcão no sábado passado, depois ter estado adormecido durante meio século, a coluna de fumo chegou a ultrapassar os 12 quilómetros de altura e media na quarta-feira cerca de 7,5 quilómetros.

O espetáculo previsto para sexta-feira no Centro Cultural daquela cidade do barlavento algarvio realiza-se no próximo dia 19, anunciou hoje a produtora da fadista.

Em Lagos, Joana Amendoeira irá apresentar o mais recente álbum, "Sétimo Fado", produzido por si e em que gravou poemas de João Fezas Vital, João Monge, Vasco Graça Moura, Rosa Lobato Faria, José Luís Peixoto, Pedro Tamen, Fernando Girão, Amélia Muge, Tiago Torres da Silva, Hélder Moutinho, Pedro Assis Coimbra e Pedro Rapoula.

Joana Amendoeira será acompanhada à guitarra portuguesa por Pedro Amendoeira, à viola por Pedro Pinhal e no contrabaixo por Paulo Paz.

Joana Amendoeira ganhou a Grande Noite do fado do Porto em 1995 e tem apostado numa carreira de compromisso "entre a tradição e a modernidade", considerando, segundo disse à Agência Lusa, que é essencial "dar a cada um dos fados tradicionais um cunho e estilo" pessoais, mas também "criar novos fados".

Entende ainda que "há que entender o fado numa evolução natural que passa pela tradição, caminhando nos dias de hoje com as preocupações do presente".

Com uma carreira de mais de dez anos, a fadista viu um dos seus álbuns, "Joana Amendoeira & Mar Ensemble", distinguido com o Prémio Amália Rodrigues Melhor Álbum (2008).






NL/(MC).

Lusa

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